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Mostrando postagens de abril, 2024

Onde ela mora?

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  Conheci uma menina,   Muito esperta,  “Morava” no centro da cidade ,  Seu nome era Rebeca . *  Rebeca não ia para escola,  Mal se alimentava,  Passava o dia todo na rua,  De tarde ia para “casa”.  *  Sua casa era um tanto diferente,  Ali iam e vinham muita gente,  E mudavam,  Constantemente.  *  Rebeca era magra.  E desnutrida.  Tinha dez anos de idade ,  Mas com seis ela parecia .  * Tinha vários amigos ,  Conhecia algumas gírias,  Não sabia escrever direito,  Dificuldades ela tinha.  *  Sua casa não tinha número,  Referência e nem endereço,  Em situação de rua viviam,  Sua mãe e irmãos,  O tempo inteiro.

A imagem que vê.

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  Vejo meninas fazendo dieta ,  Preocupadas com a estética,  Carregando na alma a fita métrica.  *  Não por saúde ,  Mas por vaidade e aceitação,  Pra fazer parte e não sentir a rejeição.  *  A beleza está nas ideias  E no modo de ser.  *  E não importa se é , P, M, G ou GG,  O importante é ser   Você!

O moço emburrado.

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  Tinha um moço,  Que só reclamava,   Nem um bom dia,   Ele cumprimentava .  *  Vivia xingando   De mal humor  Havia naquele moço  Uma profunda dor  *  Colegas chegavam perto  E logo se afastavam  O moço sempre estava  Com cara de bravo  *  Um tempo depois  Esqueceram seu nome  E chamavam de "cara feia"  Aquele estranho homem  * Um dia ele chegou diferente  Entrou pela porta   Um tanto sorridente  E foi ai que viram o alinhamento dos seus dentes  *  O pessoal achou estranho  E ninguém ousou perguntar  O moço emburrado  Afinal, mudado está?  *  Naquela manhã de sexta   Recebeu uma encomenda  De uma pessoa que não o via  Há décadas e décadas.  *  Abriu a caixa e recordou  Que os brinquedos de criança  Sua avó guardará com amor  *  O moço que vivia emburrado  E discuti...

Respeito a cultura negra!

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Ignoram meu cabelo,  minha fala, minha pele,  meu nome, minhas vestes .  *  Ignoram minha cultura,  meus valores,  ignoram minhas crenças, minhas dores.  * Ignoram meus sonhos,  Meus desejos,  Ignoram meus esforços, meus talentos.  * Ignoram, que as oportunidades não são iguais,  Que o negro sofre mais,  E que essa luta árdua.  Vem de muitos tempos atrás.

Brasileiro, não desiste nunca!

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  Trabalhador,  Levanta cedo,  Duas conduções,  Ônibus lotado,  Para chegar no trabalho.  *  Cheio de atividade,  Chega seu chefe,  Cobrando mais responsabilidade,  Além do que lhe compete. *  Horário de pausa,  Uma surpresa,  Tem que fazer hora extra,  Encargos da empresa.  *  Pensa em dizer não,  Mas falta coragem,  O corpo e a mente estão cansados,  Mas fica, por necessidade. * Dois anos,  Nessa rotina,  De empenho e dedicação,  Surgem boatos de corte,  Em torno da rádio peão.  *  No final do expediente,  Uma notícia quente,  Seu desligamento é hoje,  O "RH" que aguarda atenciosamente.  *  Sem muito entender,  É demitido.  Pega seus pertences,  Se despede dos amigos.  *  E começa uma nova luta,  Talvez longa, talvez curta,  Mas como dizem, brasileiro, não desiste nunca!

Entre bolinhos de chuva e videogame.

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  Em uma praça Escutei a conversa de dois meninos , o mais velho perguntou: _ Joãozinho o que quer ser quando crescer? O menino abriu um sorriso de canto Faltava-lhe o dente do meio Meio sem jeito, respondeu: _ Quando crescer Quero ser doutor Mas doutor não posso ser Papai disse que no máximo Empacotador  poderia escolher, Disse que gente como eu Não tem muita opção Que só ralando muito Pra ter o ganha pão Mas sabe tio, Na minha família Não tem  graduado não Só a tia Verinha Que voltou a estudar  E ninguém acreditou nela não Mas tudo bem Como diz a "fessora" Tem que ter determinação É isso tio, eu tenho de sobra Ser doutor é minha missão. Mãezinha diz que sou preguiçoso Que preciso ajudar em casa Queria mesmo era ler quadrinhos Ou brincar na calçada Video game, só na casa do Pedrinho Quando vou escondido, A mãe dele faz bolinho de chuva Lá sim, eu me divirto.